História

Origem

História da fundação do bairro Salgadinho
e da igreja do Sagrado Coração de Jesus

Relatam os moradores mais antigos do bairro que, em meados de 1972/1973, era uma comunidade pequena e muito pobre. As casas eram de barro e muito afastadas umas das outras. Apareceu aqui um seminarista chamado Olezilmo que começou a rezar com o povo: terços, novenas, a catequese com as crianças, de forma que o povo gostava muito dele e dos momentos de oração.

Depois de um tempo, os moradores convidaram um padre para celebrar uma missa na comunidade. O pároco da Paróquia São Sebastião, à qual pertencia o referido bairro, era o padre Gerardo, que era alemão e não falava muito bem o português.

Igreja do Sagrado Coração de Jesus — Bairro Salgadinho (2018)

Imagem registrada em 2018 da igreja construída com a participação ativa da comunidade, símbolo de fé, união e história no bairro Salgadinho.

R. Manoel Torres, 324 – Salgadinho, Patos – PB, 58706-570.

Foi celebrada a primeira missa na comunidade, na calçada da casa de seu Zé Galego. A comunidade ficou muito satisfeita, e desse dia em diante não deixou mais faltar a missa aos domingos. Depois, passou-se a celebrar na calçada da casa de Antônio do Crato, porque era maior. Os responsáveis por organizar tudo eram Zé Galego, Antônio do Crato e João Rodrigues.

Certa vez, uma senhora viúva chamada Inês teve a ideia de arranjar um terreno para a construção de uma capela. Ela mesma escolheu o padroeiro — Sagrado Coração de Jesus — por ser zeladora do Apostolado da Oração. Todos aceitaram o nome do padroeiro. Então, dona Inês pediu ao senhor Erculano Rodrigues, conhecido como seu Ninô, que fez a doação de um terreno de 15 metros por 8. O povo se organizou e preparou a primeira festa do Coração de Jesus, escolhido como padroeiro do bairro.

Com o dinheiro dessa festa, iniciou-se a construção da igreja, que levou muito tempo para ficar pronta.

No ano de 1977, ficou pronta a capela. Quem celebrava as missas era o padre Mota. O pároco de São Sebastião era o Pe. Antônio Elias, que ajudou a concluir a obra. Nesse tempo, havia uma catequista de nome Alzira que deu uma boa contribuição na comunidade com seus ensinamentos.

Dom Gerardo de Andrade, bispo de Patos, 1984.

Pe. Mota celebrou até o ano de 1983, ano em que faleceu.

Depois, Pe. Gervásio — que inclusive morou aqui — prestou um grande serviço: organizou a comunidade, formou grupo de jovens, catequistas e animação para as celebrações. Irmã Leonarda era catequista de 1ª Eucaristia e de Crisma.

Em 1986, Dom Gerardo de Andrade Ponte, bispo diocesano de Patos, começou a celebrar aos sábados na capela. A comunidade cresceu muito e a capela ficou pequena para acolher o povo todo. Então, Dom Gerardo reuniu um grupo de pessoas e planejaram a construção de uma igreja maior. Ele mesmo comprou o terreno e mobilizou a comunidade para construir uma nova igreja. Implantou-se a Pastoral do Dízimo, e isso ajudou muito com todas as despesas.

A comunidade cresceu e foram se organizando as pastorais, movimentos e associações. No entanto, ainda existe a necessidade de melhorias na estrutura física — como forro, bancadas, etc. — e também mais engajamento da comunidade nas pastorais e serviços que já existem.